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Mostrando postagens de 2017

Contrato de Namoro? Sim, ele existe!

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A fim de afastar o reconhecimento da União Estável, casais estão adotando a chamada DECLARAÇÃO ou CONTRATO de namoro.          A declaração de namoro visa declarar que o casal NÃO vive em União Estável, de que são apenas namorados, que não têm o objetivo de constituir família e, principalmente, não contribuem para a constituição de patrimônio comum, apesar de residirem sob o mesmo teto. A união estável é configurada pela convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir família. O namoro, apesar de decorrer da convivência pública, contínua e duradoura, como na união estável, não tem o objetivo de constituir família.     Alguns namorados decidem morar juntos antes do casamento, muitas vezes como uma forma de teste antes de assumir o compromisso do matrimônio, outras vezes por questões de economia, para dividir despesas, entre outros motivos.     Ocorre que muitas vezes, essas pessoas ...

Para São Boaventura, em todo ser há vestígios divinos

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No século 13, a Escolástica vive sua era de ouro. O ocidente cristão finalmente assimila as tradições árabe-judaicas e alimenta sua filosofia com um imenso caudal de traduções e comentários de textos gregos antigos. Também nesse século, a grande obra aristotélica é convertida ao latim, enquanto o tradicional mundo platônico de Agostinho balança. É a época das grandes disputas e cisões dentro das universidades. Em Paris, as recém-criadas ordens de frades e pregadores entram em choque, debatendo doutrinas teológicas, os franciscanos contando com a grande figura de São Boaventura para resistir ao vagalhão aristotélico que invade a Europa. Vida Em 1221, Boaventura nasce em Bagnorea, próximo de Viterbo, na Itália central. Diz a lenda que seu famoso nome teria surgido quando, ainda criança, fora curado de uma enfermidade por São Francisco, que exclamara: "o buona ventura!". Em sua juventude, é enviado a Paris para estudar com o grande franciscano inglês Alexandre de Hales. Leciona ...

Entender o BBB-17 é fundamental para entender a modernidade segundo Heidegger

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O teatro não era teatro, era vida. Festas religiosas não representavam deuses e suas histórias, eram vividas como apresentação e manifestação dos deuses. Quando os gregos deixaram essa prática e criaram o teatro de palco, a apresentação deu espaço para a representação. Desde esse tempo, o sonho da representação é voltar a ser apresentação, mas estando isso bem distante do horizonte de possibilidades, o esforço nesse sentido produz um monstrengo: forma-se a promiscuidade entre a representação institucionalizada como representação, a do palco, e a nossa vida cotidiana, que se pensa como sendo não representação. O BBB-17 deu o exemplo máximo dessa situação. O rádio foi o primeiro meio de comunicação que realmente criou a confusão entre vida e ficção, entre rua-casa e palco. A TV ampliou seus poderes. A Internet revolucionou esse caminho, o de definitiva fusão dessas instâncias. O trajeto foi este: a TV levou a ideia do cinema às últimas consequências, ou seja, transfor...