A Filosofia Intercultural
De uns tempos para cá está surgindo uma nova corrente chamada Filosofia Intercultural. Um de seus mentores, o filósofo cubano Raul Fornet-Betancourt (1946- ), propõe outras fontes para se pensar a filosofia. Então, se nós olharmos para a filosofia como um exercício que pensa o seu tempo e que, a partir dele, faz o exercício da reflexão, tudo serve como elemento para fazermos filosofia.
Portanto, hoje, há de se ter uma preocupação de como trazer a filosofia de uma forma que ela consiga provocar o jovem a pensar o seu tempo. Por isso, pensar o ensino de filosofia a partir das questões de gênero, da violência contra as mulheres, da problematização de um certo padrão estético (ditadura do estético), do esvaziamento das representações no campo político, tudo isso nos reporta às questões éticas que são fundamentais no exercício responsável e comprometido do pensar.
Sabemos que a Filosofia tem um papel fundamental de fazer palpitar no jovem o desejo de pensar, o desejo de não ficar indiferente ao seu tempo. E levantar a discussão das mulheres no campo da filosofia não é nada mais e nada menos do que pensar uma problemática que é urgente. A Filosofia, inclusive, tem um compromisso com essa problemática, enquanto uma área do conhecimento que deve buscar suas questões no contexto que estamos imersos.
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